Saturday, December 02, 2006

Sem adornos


***
como se a tristeza fosse seu adorno...
a mulher veste seus véus...
e segue vida afora...
sem o peso dos lamentos...
no teor das reclamações...
segue passo a passo
a mulher por sua estrada...
na beleza da tempestade...
o manto negro sobre o céu azul anil...
entremeado por fagulhas de luz...
o vento canta a canção do universo...
nas pedras que ladeiam a praia
ondas em fúria derramam suas águas...
sobre a vida latente que ali se estende...
a dor é tão bela quanto a tempestade
que após a fúria selvagem dos seus instintos
se abre aos raios amorosos do sol
no encanto de arco-íris que se forma
na esperança de um recomeço...

1 comment:

Anonymous said...

Sabe... é como se vc sentisse o que sinto... mas como se meu desejo fosse o desejo de seu desejo... ah.. sei lá... eu estou apaixonado e há, no meio, uma complicação...
Obrigado por existir!!!